27 outubro, 2010

Herança fashion

Quem me conhece sabe que eu não sou nada fashion. Minhas roupas são as que eu já tenho há um bocado de tempo, e nunca estão na moda. Às vezes eu até tenho vontade de comprar alguma coisa, não é que eu não goste de experimentar, e tal. Mas geralmente acho mais importante gastar meu dinheiro com outras coisas.

E assim também sempre foi com a roupa dos meus filhos. Quase tudo o que eles têm foi de outra pessoa antes. Tenho uma cunhada muito querida que sempre separa as roupas que já não servem mais na minha sobrinha, 11 meses mais velha do que a Nina. E essa mesma cunhada querida também separa as roupas e objetos do meu sobrinho pro Rafa. E eu também ganho roupas que eram de filhas de amigas, de irmãs das amigas... E sobra bem pouco pra eu efetivamente comprar pros meus filhotes. Mas eu também passo todas as roupas que ainda estão boas pra frente, pra amigas, cunhadas, irmãs de amigas... Entre minhas amigas criamos um verdadeiro enxoval comunitário, quem tem filho pega o que precisa, usa, e depois devolve o que ainda está bom ao enxoval. E acrescenta o que ganhou também, assim o enxoval está cada vez maior. Tem algumas roupas de criança (e quase todas as de bebê) que são tão boas que vão resistindo... E mesmo as mais velhinhas a gente aproveita, pros dias em que as crianças vão brincar com terra, ou pintar com tinta... A gente realmente aproveita cada roupa até o fim. Mas tem umas roupas tão boas que já passaram por 5, 6 crianças e ainda estão inteiras.




Rafa usando camiseta by Luli e jardineira by Julia (e que já passou pela Nina, pela Bia, pela Verena e pela Luli)













Rafa usando sua roupa preferida, crocs by Gustavo, blusa azul by Bia (e Verena e Luli) e boné by Dudu













Nina com roupa by Fefê












Rafa com blusa by Dudu













Rafa com camiseta by Fefê (e Nina, Dudu) e calça by Gustavo












Nina com bermuda e camiseta by Fefê (e já nem sei mais pra quem passou essa roupa)















Ah, e além das roupas a gente também reutiliza os brinquedos que são muito específicos de bebê e crianças pequenas, que logo não interessam mais. Assim a casa da gente fica menos cheia de entulho, e as crianças ficam com mais brinquedos adequados à idade, e todo mundo gasta menos.

Agora vocês devem estar se perguntando, será que as crianças não se importam de herdar roupas e brinquedos usados? Pois saibam que não! Parece que elas curtem usar as roupas das primas, das amigas mais velhas! A Nina sempre que ganha uma roupa da prima, não quer nem que eu lave, “pra não perder o cheirinho da Fefê”! A Bia cada vez que herda uma roupa da Nina, usa por alguns dias seguidos, curtindo e lembrando que essa roupa já foi da amiga mais velha, que ela tanto admira. E claro, a gente sempre reforça com eles isso mesmo, que é muito legal reutilizar uma roupa de quem a gente gosta. E que, reutilizando as roupas, não precisamos gastar tanto dinheiro com moda, e ainda ajudamos a natureza, deixando de jogar roupas boas fora e deixando de comprar muitas roupas, que exigem mais matéria prima.

No exterior essa prática é bem comum. Na Alemanha, por exemplo, as pessoas não se incomodam em usar roupas usadas. Nas escolas, uma vez por ano, é feita uma “feira de roupas”, onde cada mãe leva as roupas que os filhos não usam mais. Daí ela precifica cada peça sua, e ganha um “vale”, ou fichinhas no valor das roupas dela, que ela pode trocar por peças de roupa de outras pessoas que ela queira. Assim se gasta bem menos dinheiro e as crianças estão sempre bem vestidas.

Pra quem não tem com quem fazer essa troca, vale fazer uma visita aos bons brexós infantis, que vendem roupas boas, muitas vezes de marca, além de acessórios como carrinhos, cadeirões, e muito mais a preços bem camaradas.

O importante mesmo é estar aberto a essa herança tão fashion!

25 outubro, 2010

Exemplo adolescente

Eu mudei meu horário do ônibus, e agora não encontro mais meus companheiros passageiros. Chuif! É só gente estranha, fico me sentindo perdida, hehe!

Mas uma coisa me admira no ônibus das 7:15hs. Tem sempre 3 ou 4 rapazes de uns 16 anos que, mesmo ainda tendo lugares livres no ônibus, ficam em pé, dando chance a quem está mais cansado de se sentar. Eles nunca sentam, vão o caminho todo de pé.

Não é legal? Principalmente nos dias de hoje, onde as pessoas já não têm mais tanto respeito por idosos, gestantes, pessoas com crianças...

Falando nisso, tenho reparado como as pessoas não dão lugar pra pessoas com crianças no ônibus! Acho que eles pensam que se não é mais criança de colo, não precisa! Mas não é bem assim, quem tem filhos sabe como é difícil tentar fazer a criança se segurar sozinha no ônibus. Ainda mais do jeito que os motoristas dirigem. Ainda mais quando as coitadas das mães estão carregando a bolsa, a mala da criança, lancheira, blusa... Quantas vezes já vi as crianças sentando no chão do ônibus, e ninguém nem aí.

Bom, mas vamos pensar que existem pessoas educadas como os meninos do ônibus das 7:15hs. E, de novo, pensar que o mundo tem jeito e não perder as esperanças!

21 outubro, 2010

Erro de mãe

Ontem a Marina tinha que fazer uma pesquisa sobre a imigração em Curitiba. E ela insistia que queria fazer a pesquisa na biblioteca, que a professora havia dito que tinha uns livros muito legais pra pesquisar. E ela me pediu se podia ir mais cedo, antes do horário da aula, pra fazer a tal pesquisa. Eu achei que não ia dar muito certo, que ela não ia conseguir fazer a pesquisa sozinha, mas acabei concordando.

Então a vovó levou a Marina pra escola quase 1 hora mais cedo.

Quando de noite ela me mostrou a pesquisa que havia feito na biblioteca, era uma folha sulfite onde estava escrito:



Os primeiros imigrantes de Curitiba foram os alemães.

Mas outros povos também trouxeram suas comidas e suas linguagens. Ex:

Alemães: goelho(joelho) de porco, alemão

Shinês (Chineses):

Japão: Shashimi, japones



Eu fiquei brava. Achei muito pouco! Puxa, ela foi mais cedo pra escola pra pesquisar sobre um tema e trouxe só isso escrito? Quase nenhuma frase? Falei pra ela que a pesquisa estava ruim, era muito pouco, e que precisaríamos olhar na Internet e pesquisar mais. Mandei ela pro banho. E ela ficou chateada.

Depois, com jeitinho, ela veio argumentar comigo. Que ela chegou na escola 50 minutos antes da aula. Daí ela teve que entregar o papel da matrícula dela na secretaria, conforme eu havia pedido, e perdeu tempo. Depois ela foi pra biblioteca e pediu ajuda pra bibliotecária, que só disse em que prateleira os livros deveriam estar, não foi lá ajudar ela a encontrar. E que ela não conseguia achar os livros, quando viu que um menino da mesma série dela estava com os livros sobre a mesa pesquisando. E que ela ficou morrendo de vergonha de pedir pra pesquisar nos mesmos livros, e acabou escrevendo o que ela sabia.

Puxa, e eu fiquei chateada comigo mesma. É verdade, às vezes eu esqueço que ela só tem 8 anos, e esse era um grande desafio, a primeira pesquisa sozinha na biblioteca. E achar um livro nas prateleiras da biblioteca realmente não é uma coisa assim muito fácil. E achar no livro o que interessa, copiar rapidinho... Pior, ter que chegar pra um menino desconhecido e pedir pra ver os livros que ele estava vendo... Impossível!

E cheguei à conclusão de que eu fui muito insensível com ela. Tô morrendo de culpa hoje o dia todo. Mas sabe, pra tudo tem remédio. Quando chegar em casa eu vou pedir desculpas pra ela por ter ficado brava ontem. Vou explicar que eu estava cansada e sem vontade de ainda ficar pesquisando coisas com ela na Internet até tarde, mas que eu entendo a dificuldade que ela teve na biblioteca. E dizer que tenho certeza que na próxima vez vai ser mais fácil pra ela. E que ela foi super legal por se interessar e pedir pra ir pesquisar na biblioteca.

Porque errar todo mundo erra (principalmente as mães), mas a gente tem que enxergar os nossos erros e tentar consertar as besteiras que a gente faz. E reconhecer os nossos próprios erros pros filhos sempre é uma boa lição sobre isso.

15 outubro, 2010

Política

Eu não quero discutir o tema "política" aqui no blog.

Prometi que nunca mencionaria nada disso aqui.


Mas hoje eu quebro minha promessa pra dizer que não, a Dilma não pode ser comparada à Madre Teresa de Calcutá.

Tá?


PS: Eu vi no horário político, não foi ninguém que me contou, nem recebi por e-mails caluniosos!

13 outubro, 2010

Canarinho petulante

São 7hs de uma manhã gelada, solzinho morno... Há uma antena em cima de um telhado com 7 pássaros tomando sol. São duas rolinhas, três pássaros pretos, uma pomba gorda e um bem-te-vi. Todos satisfeitos, curtindo o primeiro solzinho da manhã, numa boa.
Até que chega um canarinho-da-terra macho, bem amarelinho, com a cabeça vermelha.

Ele começa a espantar um por um dos outros pássaros, ele quer a antena só pra ele. Cutuca primeiro a pomba gorda, que mesmo sendo bem maior não quer confusão, sai voando preguiçosa. Depois ele cutuca um pássaro preto, e outro... O bem-te-vi, vendo a confusão, resolve logo ir embora... Por último ele bica as rolinhas, que resistem um pouco mais, o solzinho está tão gostoso... Mas não tem jeito, o canarinho não para de encher, e elas vão embora.

E sobra só o canarinho, agora ele tem a antena inteirinha só pra ele. Tem graça? Eita passarinho petulante!

12 outubro, 2010

Bom feriado!

Êêê, bom feriado pra nós que estamos no Brasil!

Feliz dia das crianças também!

Beijos!

11 outubro, 2010

Histórias da Daninha - Piscina Regan

Toda criança deveria ter direito a ter uma piscina na infância. Não importa o material, o tamanho, o modelo... O que importa é que caiba água e uma (ou mais) criança(s) dentro dela.

Quando eram crianças a Daninha e seus irmãos costumavam pegar emprestados os baldes e bacias da mamãe pra encherem de água e se refrescarem em dias de verão. As crianças entravam nas bacias, se molhavam, e os bonequinhos do He-Man e as Barbies nadavam nos baldes, pois brinquedo também é filho de Deus e sente calor, é claro!

Acho que de tanto ver os filhinhos brincarem com os baldes o papai da Daninha um belo dia resolveu comprar uma piscina Regan pra eles. Era verão, as crianças estavam de férias. Só que o papai chegou em casa já de noite, pois havia trabalhado o dia todo. Quando ele mostrou o presente, a criançada não se conteve. Tiveram que montar a piscina no mesmo dia (ou noite)! E já estavam indo vestir biquínis e sunga quando mamãe mostrou que a mangueira estava enchendo a piscina muito devagar, que ia demorar muito e só ia ficar pronta no dia seguinte. Mas se eles dormissem logo iam acordar logo, e poderiam nadar o dia seguinte todo!

E assim foi, eles foram dormir e com certeza tiveram sonhos com piscinas e mangueiras...

No dia seguinte cedinho acordaram, foram lá checar a piscina, e era verdade, ela estava cheinha de água limpinha e fresquinha! Trocaram de roupa, tomaram café e correram pro quintal se esbaldar na água. E assim passaram o dia! E o seguinte. E o seguinte. E muitos outros dias da infância deles.

A piscina foi muito bem aproveitada pela Daninha e seus irmãos por alguns anos. Primeiro as crianças aproveitavam a água limpinha, por uma semana, mais ou menos. Quando a água ia ficando suja, era a vez das tartaruguinhas aquáticas Lolo e Teodoro (lembram delas, as tartarugas ninja?) morarem na piscina por mais uns dias. As crianças colocavam pedras dentro da água pra que elas pudessem subir, e algumas plantas também, e curtiam ver as tartarugas nadando em águas profundas (aham). Mas chegava o dia em que nem as tartarugas aguentavam mais a água suja, então era hora de lavar a piscina muito bem! Eles esvaziavam ela, e munidos de vassoura, esponja, escova e sabão lavavam a piscina bem lavadinha. E claro, esse processo era uma farra também! Mas antes de encher a piscina com água novamente era a vez de brincar com ela vazia mesmo. Por alguns dias a piscina virava um barco mágico. Eles colocavam uma cabaninha de índio que o irmão da Daninha tinha dentro da piscina e passavam o dia tentando decorar o barco, deixá-lo aconchegante com cobertores e travesseiros... Ah, e jogos, claro, porque o que eles iam ficar fazendo em alto mar? E comida e bebida também, como bolachas, suco, bolo, salgadinho... E no final do dia, o barco estava pronto para a grande aventura, faltava só o último tripulante: a cadelinha Lili. Mas a lili era meio suicida, eles colocavam ela no barco pra ela não se afogar, e a danada pulava pra fora. Eles salvavam ela de novo, e ela insistia em abandonar a embarcação. Aí não tinha jeito, só restava à Lili virar um feroz monstro do mar, ou no mínimo uma baleia, ou coisa assim.

Com tanta brincadeira a pobre piscina passou por vários remendos ao longo dos anos. Mas foi um dos brinquedos mais aproveitados na casa da Daninha. E ficou marcada nas lembranças daquelas crianças pra sempre.

09 outubro, 2010

Pérolas musicais – Beds are burning – Midnight oil

Acho que todo mundo conhece essa, né? Ela é bem bonita, e o refrão é ótimo!


How can we dance when our earth is turning
How do we sleep while our beds are burning
How can we dance when our earth is turning
How do we sleep while our beds are burning

The time has come to say fair's fair
To pay the rent, now to pay our share
The time has come, a fact's a fact
It belongs to them, let's give it back


E a tradução:


Como podemos dançar quando nossa terra está girando
Como podemos dormir enquanto nossas camas estão queimando
Como podemos dançar quando nossa terra está girando
Como podemos dormir enquanto nossas camas estão queimando

A hora chegou para dizer que o que é certo é certo
Para pagar o aluguel, para pagar nossa parte.
A hora chegou, o que é certo é certo.
Ela pertence a eles, vamos devolvê-la.

08 outubro, 2010

Eu não gosto disso, mãe!


Quem tem filhos sabe que o momento das refeições pode ser meio conturbado. Especialmente quando a criança já tem assim de 3 pra 4 anos, e daí pra frente só piora.

Quando a criança ainda é um bebê normalmente come de tudo o que a gente dá pra ela. Muitas vezes já demonstra uma preferência por algum alimento ou outro, mas come de tudo, feliz e satisfeita. Mas de repente chega uma idade em que os problemas começam. E a gente fica confuso, não sabe o que fazer, como agir. Em casa conseguimos alguns resultados bem bons com a Nina e ela come bem. Claro, nem ela nem nós somos perfeitos, então tem falhas, claro que tem. Mas comparado com outras crianças a Nina come muito bem, e de (quase) tudo! Então vou dar minhas dicas, só minhas, percepções do dia-a-dia, sem nenhum embasamento em pesquisas científicas e psíquicas, OK?


1) A criança sempre vai não gostar (vixe) do que ela não está habituada a comer

Criança é assim, come strogonoff toda semana e adora, pede mais. Aí uma época você desencana de fazer strogonoff por um tempo, porque já enjoou, e daqui a 2 meses faz de novo. Seu filho olha pro prato e diz

– Eu não gosto dessa comida!

- Mas filho, você sempre comeu essa comida, e adora!

- Não gosto não, não vou comer!

Acho que a percepção do tempo infantil é diferente do nosso, e as crianças só se lembram do que comeram no mês passado. Antes disso, esquece, eles não comeram e não gostam.
A dica é tentar sempre variar bastante os pratos, e apresentar coisas novas. Mas sem esquecer das comidinhas de sempre, senão a criança esquece.

2) Diga pro seu filho que não é que ele não gosta da comida, ele só não está acostumado a ela

Com a Marina funciona. A gente fala pra ela que tudo bem, essa é uma comida nova à qual ela não está acostumada, mas não quer dizer que ela não vai gostar. A gente conta alguma história da nossa infância, de alguma comida que a gente achava que não gostava e depois passou a adorar pra ajudá-la a entender o ponto. E pede pra ela provar. Se ela provar e realmente não gostar, pode ficar sem comer. Mas aqui eu faço uma observação. Se a criança provar e disser que não gosta, não adianta correr fazer um miojo que ela adora pra compensar. Assim ela nunca vai dizer que gostou de alguma coisa. Então com a Marina o que a gente faz é dizer que essa é a comida que tem, que mamãe e papai adoram, mas pra ela não ficar com fome ela pode comer um pedaço de pão. Aí se ela não achou a comida tão ruim ela acaba comendo, e muitas vezes gostando mesmo.

3) Permita que seu filho tenha um ou dois pratos dos quais realmente não gosta, que ele não precisa comer

A Marina detesta mandioquinha (batata-salsa). Ela tem até enjoo quando sente o cheiro. Então não adianta forçar, esse é o tipo de alimento que ela realmente não gosta. Então esse ela não precisa comer. Criança também tem paladar, então é aceitável que a criança possa escolher não comer um ou outro alimento que ela detesta. Mas têm que ser realmente só alguns. Na minha casa era assim, cada um tinha um alimento detestado. O meu é batata doce e da minha irmã banana. Mas de todos os outros alimentos a gente tinha que comer pelo menos um pouquinho.

4) Sempre peça pro seu filho comer um pouquinho do que ele acha que não gosta pra se acostumar

A Marina não gosta de abobrinha, vagem e ervilhas. Mas na verdade não é que ela não goste, eu diria que ela não é muito fã. Mas até que come quando é necessário. Então desses a gente sempre coloca um pouquinho no prato e pede pra ela comer, pra ir se acostumando ao sabor até gostar. Muitas vezes ela protesta, mas acaba comendo. E com vários alimentos essa tática funcionou e hoje ela adora, como beterraba, brócolis, alface...

5) Tem dias em que a criança está sem apetite

Essa demorou pra gente aprender. Que tem dias em que a criança não está com fome. Pode ser que ela tenha comido algo antes da refeição, ou está enjoada, doente, ou nervosa, ou só está sem fome. Isso é normal, e às vezes a Nina, por exemplo, fica uma semana assim, sem fome. Depois o apetite volta, numa boa. No começo a gente achava um absurdo ela sair da mesa sem comer, e fazia ela comer pelo menos metade do prato. E mais três colheradas... Depois a gente percebeu que quando ela não está com fome comer só faz ela se sentir mal. E que esses dias esporádicos sem comer não fazem falta pro organismo dela. E que depois ela volta a comer normalmente. Só que de novo, não vale daqui a meia hora oferecer um pacote de bolacha pra ela ficar com alguma coisa no estômago. No máximo uma fruta, e espera até a próxima refeição. Senão daqui a pouco a criança vai estar trocando a refeição pela sobremesa, por porcarias...

6) A criança come o que você compra

Uma amiga tinha uma filhinha de 3 anos que só comia besteira. Danoninho, Fandangos, chocolate, pipoca, sorvete... Comida? Nem pensar! Aí minha amiga foi se queixar com o pediatra e ele perguntou:

- Quem é que faz o mercado na sua casa, ela?

- Não, sou eu...

- Então não compre essas coisas, e ela vai ter que comer o que tem.

E pronto, minha amiga parou de comprar porcarias e a filhinha dela mudou radicalmente a alimentação. Passou a comer comida, frutas, uma beleza! Na primeira semana foi difícil, mas logo ela esqueceu das guloseimas.

7) Dê o exemplo

Eu nunca havia cozinhado um brócolis na vida até ter a Nina. Eu até comia, mas não fazia parte do nosso cardápio, meu e do meu marido, de recém-casados. A nossa alimentação era baseada em pão, pizza, miojo e sopa até nos tornarmos pais. Mas depois, fizemos questão de mudar a nossa alimentação quando nossa baixinha completou 1 ano e começou a comer do que a gente comia. O Marcelo gosta mais de frutas do que eu, então ele é o “fruteiro” oficial em casa. Eu adoro os legumes e ele nem tanto, então eu é que insisto neles. E ele sempre coloca um brócolis pequenininho no prato (ele não curte brócolis) pra que a Marina nunca desconfie que ele não gosta. Até hoje ela não percebeu, hehe! Minhas sobrinhas disputam a salada com o pai porque sempre viram ele comer a salada (um monte) direto do potão com tanto gosto que elas passaram a adorar salada também. Então não adianta obrigar seu filho a comer o que você não come. Tente melhorar a sua dieta também, vai ser bom pra todo mundo.


Bom, essas são as minhas dicas. Como eu disse, com certeza ainda temos o que melhorar, mas a Marina realmente come bem e é super saudável. Ensinar uma criança a comer bem não é fácil, mas com certeza vale a pena!

07 outubro, 2010

Naturebando - o que já mudou!

Desde o começo do ano eu estou “naturebando”. Ando lendo e me informando e estou procurando mudar alguns hábitos da minha vida que com certeza não ajudam em nada. Não virei vegetariana, nem nada assim, mas devagarzinho estou mudando meu modo de viver e de interagir com o mundo, para o meu bem e para o bem dele. Então aqui vai a listinha (ainda pequena) do que já mudou:

- Eu não tomo mais sucos em pó, artificiais. Durante as refeições tomo sucos naturais, mas quando estou com preguiça tomo água mesmo, ou não tomo nada. E olha, que eu acostumei e acho bem bom! A necessidade de tomar algo doce durante as refeições era apenas um hábito, que eu consegui deixar de lado.

- Eu estou evitando tomar refrigerante. De vez em quando, em reuniões sociais, ainda tomo um pouco, mas é engraçado que quando eu tomo fico me sentindo mal, cheia. Acho que desacostumei. Ainda bem.

- Eu estou usando sacolas retornáveis para as pequenas compras e no dia-a-dia, evito ao máximo o uso de sacolinhas plásticas. Esse hábito foi difícil de conseguir, eu nunca me lembrava de andar com a sacola de tecido. Aí um dia coloquei a dita sacola na minha bolsa, e de vez em quando eu lembrava de dizer nos caixas das lojas que não era necessário sacola plástica. E devagarzinho foi indo, e agora já me acostumei tanto que já faz parte de mim lembrar de recusar as sacolinhas.

- Eu comecei a limpar meu rosto com óleo, e ainda adoro (tem post sobre isso aqui no blog)! Realmente não quero nunca mais voltar a lavar o rosto com sabonete e passar cremes e mais cremes.

- Também estou usando um “desodorante” natural que estou gostando muito. É uma mistura de amido de milho com bicarbonato de sódio, que tem funcionado bem melhor do que o meu antigo antitranspirante. Tudo bem que agora eu transpiro, mas isso é bem melhor do que as irritações que eu andava tendo nas axilas. Mas estou esperando pra testar a receita no verão, no calorzão, antes de indicar pra vocês aqui.

- Aprendi a fazer iogurte natural em casa e gostei muito! Estou cada vez colocando menos açúcar quando vou comer ele, e me acostumando ao gosto do iogurte natural mesmo.

- Não uso mais produtos com bactericidas (triclosan, também tem post sobre isso aqui no blog).

- Estou trazendo comida de casa para comer no trabalho, e o bom é que não enjoa nunca! Comidinha caseira é outra coisa!

- Quase não como mais no McDonald’s. E no final de semana passado eu comi, e não achei assim ooooohhhhhh, como eu achava antes. Consegui me livrar do vício, hehe!

- Aprendi a fazer tricô (o básico) e devagarinho estou aprendendo a costurar. Eu sempre achei que eu nunca ia conseguir isso, que eu sou uma desajeitada, mas que nada. Aprendi sim, e estou muito orgulhosa!

- Estou procurando adoçar meus alimentos com açúcar orgânico ou mascavo, ao invés do tradicional.

- Estou andando de ônibus, e, principalmente, andando até o ônibus, que é longe, hehe. Assim todo dia tenho que dar uma caminhadinha.


Bom, isso foi o que eu lembrei agora, mas deve ter mais mudanças, talvez algumas não tão fáceis de serem colocadas em palavras. O que importa é que eu estou me tornando uma pessoa mais consciente de mim, de minhas atitudes, e do mundo à minha volta. E isso é muito bom! Ainda tem bastante coisa pra mudar, como diminuir o tempo no banho, comer mais alimentos integrais, fazer alguma atividade física de verdade regularmente... Ih, são tantas coisas! Mas eu tenho certeza de que encontrei meu caminho pra mudança, que é um passo após o outro. Não adianta querer radicalizar um dia e acordar natureba, porque esses hábitos muitas vezes são difíceis de serem assimilados. Então o lance é ir devagar e sempre. E comemorar cada conquista, cada mudança.

05 outubro, 2010

Pais sem noção - a polêmica da meia

De novo, numa palestra sobre educação lá na escola da Nina, o palestrante estava dizendo sobre a criança sentir raiva e ter que aprender a lidar com ela. Que não tem problema a criança sentir raiva, faz parte. Aí uma mãe pede pra fazer uma pergunta e diz:

- Então, eu tenho uma filha de 6 anos. O senhor está falando sobre a criança sentir raiva, que é normal e necessário, mas e quando a criança sente muita raiva? Minha filha já há algum tempo não quer vestir as meias. Ela quer usar tênis sem meia, recusa-se a vestí-las, pois ela diz que sente calor no pé e fica com muita raiva se tentamos obrigá-la a usá-las. Ela grita, esperneia... E eu fico preocupada com essa raiva que ela sente, não acho justo, então entramos num acordo. Ela fica de meias até chegar na escola, mas já falei com a professora que chegando aqui ela pode tirar o sapato e as meias e ficar descalça, tadinha. Mas continuamos a insistir para que ela vista meias, e agora ela até aceita, mas só se ela mesma calçá-las. O ruim é que ela só quer usar as meias se for do contrário, com a parte do calcanhar para cima, e ela decidiu que vai usar assim e pronto. Mas eu já estou um pouco mais feliz, pois pelo menos ela já está vestindo meias!

Resposta do psicólogo:

- Minha senhora, na verdade a sua filha está testando a sua paciência. Ela quer provar que quem está no comando é ela, e não a senhora. Que ela faz as coisas do jeito que ela quer. Existem regras negociáveis (como escolher o lugar onde a família vai jantar, ou um filme que vão assistir no final de semana, por exemplo) e regras não negociáveis, como os hábitos de higiene. E usar meias é um hábito de higiene inegociável. Tem que usar e acabou, não tem discussão, por mais brava que a criança fique. É como escovar os dentes, tomar banho, comer... Além do mais, imagine a saia-justa da professora tendo que explicar aos coleguinhas de classe da sua filha por que ela pode ficar descalça em classe e as outras 20 crianças não podem. Fica difícil, não é? Então a senhora tem que estabelecer regras claras e inegociáveis na sua casa, para que não fique ainda mais difícil no futuro.


E agora me digam, essa mãe era sem noção ou não? Mas ponto pra ela, pelo menos ela estava lá assistindo à palestra e aprendendo um pouco. Duro são todos os outros pais que não têm noção e não procuram se informar. Criam uma criançada doida!

04 outubro, 2010

Cadê?

Cadê a primavera que estava aqui?

É cada uma que a gente escuta...

Cenário - Ônibus ligeirinho já indo pra casa.
Horário - 18hs30min
Personagens - Um bando de gente esmagada no ônibus lotado, em pé, tentando se segurar em algum lugar, e a Dani no meio.



Eis que uma senhorinha bem baixinha que tava no meio da muvuca fala


- Eita, que o povo brasileiro é muito unido! hahahahahaha




Pois é, e bem-humorado demais!

01 outubro, 2010

Pérolas musicais - I believe in miracles - Ramones

E lá vai mais uma dos Ramones...

I close my eyes and think how it might be
The future's here today
It's not too late
It's not too late, yeah

I believe in miracles
I believe in a better world for me and you
Oh, I believe in miracles
I believe in a better world for me and you


E a tradução


Eu fecho meus olhos e penso em como as coisas podem ser
O futuro é aqui, hoje
Não é tarde demais
Ainda não é tarde demais, yeah!

E eu acredito em milagres
E eu acredito num mundo melhor, pra mim e pra você
Eu acredito em milagres
E eu acredito num mundo melhor, pra mim e pra você



E eu acredito num mundo melhor, e tento fazer com que todo mundo acredite também!