23 julho, 2010

Irmão é tudo de bom!

Eu tenho uma irmã quase dois anos mais nova que eu e um irmão quase três anos mais novo que eu. Minha mãe teve a gente assim, tudo seguidinho. Pra desespero dela, no começo, mas alegria da gente! E ainda tenho uma prima que é como uma irmã pra gente também, quatro anos mais nova que eu.

Como brincamos quando éramos crianças! Brigamos bastante também, mas acredito que faz parte do aprendizado de se viver em sociedade! E o fato de sermos em três (ou às vezes quatro) também ajudou muito. Quando um acordava chato e ranheta os outros dois se uniam e iam brincar juntos, deixando o chato de lado. Assim nenhuma chatice durava muito. Isso já não acontece quando são só dois irmãos. Quando em dupla, se um fica chato o outro fica sem ter o que fazer e se chateia também. Eles são reféns do humor um do outro.

Meus irmãos me ensinaram a dividir as coisas (por bem ou por mal), a aceitar sugestões, a magoar e ser magoada, a rir até a barriga doer, e eu, irmã mais velha, também ensinei muitas coisas a eles. Ensinei a andar no muro (eles eram obrigados, pra virar gente), a descer as escadas montados em cima de um colchão como se fosse um barco (rafting), a amarrar o carrinho dos ursinhos carinhosos na garupa da bicicleta e sair pedalando com o carrinho capotando atrás, entre tantas outras coisas divertidas!

E por tudo isso eu sempre sonhei em ter filhos próximos, como eu era dos meus irmãos, pra que brincassem juntos. Só que não foi o que aconteceu. A vida acabou nos levando por caminhos diferentes e não tivemos a chance de dar um irmão bem pertinho da Nina. E ela cresceu como filha única, sempre pedindo pra gente brincar com ela.

Mas há um tempo atrás decidimos dar um irmão pra ela. Não estávamos bem certos, começar tudo de novo depois de tanto tempo? Eu achei que ela ia ter muito ciúme, por ter sido o centro das atenções da família até os sete anos de idade, mas não foi isso que aconteceu. Ela tem momentos de ciúme sim, mas ela fala, se expressa, nos cobra e a gente conserta a situação.

Mas o que me chamou a atenção de verdade é o amor que ela tem pelo irmãozinho. Ela sempre diz que ama ele, que ele foi a melhor coisa que já aconteceu na vida dela. Ela ama quando ele dá risada das palhaçadas dela, quando ele fica quietinho ouvindo ela ler um livrinho pra ele, quando ele pára de chorar e sorri só porque ela apareceu na frente dele. Quando ela está por perto o dia dele fica iluminado! E ela sabe disso.



Eu sei que ainda vai haver muitos momentos de briga, encrenca, chateação. Só que eu sei também que isso faz parte. E o mais importante disso tudo é que vai ficar o amor de um pelo outro quando eles crescerem. Eles vão ter pra sempre com quem contar, assim como eu e meus irmãos.

Vi, Côs e Sá, muito obrigada por existirem, por fazerem parte da minha vida e por me ensinarem o valor dos irmãos! Amo muito vocês!

6 comentários:

Sabrina disse...

Queridos primirmãos, obrigada por fazerem de mim a irmãzinha caçula.
Não imagino minha vida sem vocês.
Um beijo
Saprima

Magnum Opus disse...

Olha, eu já tive irmão mais velho por 17 anos. Mais brigava do que brincava. Não sei se hoje ainda estaria brigando, é provavel que sim hehe

Je disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Je disse...

Eu tenho 5 irmãos. A diferença de idade (14 anos, 9 anos, 7 anos) com os mais velhos era grande quando eu era criança, com os 3 mais velhos eu não brincava.
Hoje essa diferença parece menor.
Lá em casa nunca teve muita briga era mais brincadeiras mesmo.
A parte boa de familia grande é quando um não ta afim de brincar vc brinca com o outro. E eu ainda tive a sorte de morar em um prédio cheio de criança, então, não faltava com quem brincar!
Eu, como vc, pretendo ter filhos com o que considero um diferença ideal - 2 anos e meio. Ideal pra mim, porque cuidar de dois pequenos ao mesmo tempo acho que não dou conta ;) e nem poderei dar a atenção que cada uma merece quando são bebes.

Muito linda essa foto da Marina e do Rafa...

Eliane Felisbino disse...

Linda foto.

Eu tenho 5 irmãs ( o Rapha diz que eu tenho 25 que são irmãs que não acabam mais). Realmente sinto-me abençoada por tê-las na minha vida.
As vezes a gente briga, ontem mesmo briguei com uma por causa da canastra...rs...mas, com irmã o amor é sempre maior que a dor, que a mágoa, que o rancor.

Silvia disse...

Dani... até caiu um cisco no meu olho...
Eu e minhas 3 irmãs metralha somos muito unidas, e com certeza a convivência com elas me ajudou de muitas formas.
Eu não sabia disso até me casar. Como sinto falta delas... Achei que ia sentir mais saudade da minha mãe, mas quando vi chegava lá em casa e grudava na irmã mais nova... somos muito apegadas.
Vou pensar nesse fator quando elaborar o meu planejamento familiar. Obrigada!