30 junho, 2011
A gincana
Oi pessoal!
Muito obrigada pelos comentários carinhosos no meu último post!
A Ana pediu pra eu escrever mais sobre a gincana, e eu achei que realmente, a gincana do aniversário da Nina merecia um post à parte.
A ideia de fazer uma gincana surgiu um dia lá no condomínio, em frente de casa, quando a Nina e algumas crianças estavam meio sem saber do que brincar, e tal. Daí eu dei a ideia deles pularem corda (a Nina tem uma corda bem comprida vermelha que sobrou de um balanço que fizemos pra ela uma vez). Eles pediram pra eu bater a corda pra eles e eu entrei na brincadeira. Era uma tarde gostosa, e as crianças pularam corda, jogamos vôlei, ensinei eles a brincarem de pula-sela... Foi bem divertido, e no final do dia a Nina me disse:
- Mãe, muito obrigada por ter brincado com a gente hoje, foi um dos melhores dias da minha vida! Foi como um presente de aniversário pra mim!
E eu percebi o quanto a gente acaba ficando de fora desses momentos da vida das crianças, e de como a minha filha estava precisando desse tipo de atenção, de ver a mãe brincando com ela, rindo com as crianças e se divertindo. E quando ela disse isso, eu pensei “brincar, melhor dia da vida, aniversário” e tive essa ideia de fazer uma gincana pra entreter as crianças no aniversário dela, que já estava chegando. E resolvi encarar o desafio!
Daí veio o problema, que brincadeiras fazer? Primeiro pensei em fazer uma caça ao tesouro, pois eu já fiz algumas na minha vida e acho que sou boa nisso. Lembrei que uma vez fiz uma caça ao tesouro no condomínio da minha cunhada no dia das crianças. Os pais das crianças me deram os presentes delas pra esconder, e todos juntos participaram da caça ao tesouro pra chegar a eles. No final os presentes estavam pendurados em uma árvore e eles tiveram que subir nela pra ganhá-los, foi muito divertido! O duro da caça ao tesouro é que as crianças menores acabam não participando muito, elas só “vão junto”, e as mais velhas é que lêem as pistas, pensam sobre elas, e comandam tudo.
Como na festa da Nina haveria crianças de todas as idades, achei que numa gincana todos participariam mais ativamente. Então dei uma pesquisada no mestre Google e achei um monte de sugestões de brincadeiras. Algumas eu já havia pensado, e juntando tudo consegui várias provas. Fiz duas listas, uma de provas para um dia de sol e outra com provas para um dia de chuva, já que a festa seria na garagem de casa e se chovesse eu ia ter que dar um jeito de entretê-las sem que fossem pra rua. Como eu já disse, tive muita sorte pois o dia estava lindo, e até quentinho!
Mas na lista das brincadeiras de se fazer com chuva, estavam:
- Telefone sem fio
- Dança das cadeiras (um clássico)
- Imagem & ação (ou alguma coisa parecida, dessas que a criança tem que desenhar um objeto e a equipe dela tem que adivinhar)
- Aquela brincadeira de lembrar o nome de objetos com a letra X (frutas com “M”, na escola com “S”, e assim vai)
- Bexiga no pé (essa acabamos fazendo lá fora também, a descrição está logo abaixo)
- Vivo ou morto
- Estátua
Acho que era isso.
Então eu havia comprado duas latas de spray de pintar cabelo, uma azul e uma laranja, e pintei os cabelos deles pra sabermos certinho quem era de qual equipe. Essa parte de pintar os cabelos em si já foi uma festa! Logo no começo expliquei que a gincana não valia prêmios, que o que valia ali era a diversão! E no final, coincidentemente, as duas equipes terminaram empatadas, então todos se sentiram vitoriosos!
Bom, mas depois de pintar os cabelos lá fomos nós fazer as brincadeiras de se fazer com sol lá fora, que eram:
- Chão de estrelas: Como o aniversário da Nina tinha como tema estrelas, e como a criançada lá do condomínio adora pintar no chão da rua com giz, inventei uma prova na qual ganharia a equipe que desenhasse mais estrelas no chão em determinado tempo. Duro foi que eu acabei deixando tempo demais e no final cada equipe havia desenhado mais de 100 estrelas! Fiquei um tempão contando, hehe! Se eu fosse fazer de novo reduziria esse tempo pra 15 segundos! Se bem que o chão ficou lindo, todo estrelado, completando a decoração externa da festa!
- Caça aos objetos: Como a maioria das crianças era do condomínio mesmo, criei uma lista de 5 objetos que as equipes deveriam encontrar e trazer pra mim. A lista incluía: 1 copo cheio de areia, 5 gravetos, 1 bola de basquete, 1 sapato tamanho 43 e uma flor amarela. A bola e o sapato eram os mais difíceis... O engraçado foi que cada equipe pegou uma lista e saíram todos correndo feito barata tonta. Cada um pra um lado, sem nem conversar direito. O que fez com que demorassem muito mais, é claro. Tadinhos, eles correram um monte pelo condomínio, ficaram cansadíssimos! No final ganhou a equipe azul, que teve a ideia de perguntar pros adultos na festa se alguém calçava 43, e fez meu cunhado tirar o sapato! No final, expliquei pra eles que eles poderiam ter se comunicado e planejado melhor o que cada um ia fazer, ao invés de todos saírem fazendo a mesma coisa. Todos trouxeram gravetos e o copo de areia, perdendo tempo com isso. Acho que assim eles aprenderam que teria sido mais esperto agir como uma equipe.
- Corrida de jornais: Tracei duas linhas na rua com giz (com uns 10 metros de distância entre elas), uma metade de cada equipe ficava atrás de cada linha. Fizeram fila, e a meta era que eles chegassem à outra linha pisando apenas sobre duas folhas de jornal, entregassem o jornal ao próximo da equipe e esse voltaria pisando somente em cima do jornal, até que a equipe inteira tivesse “corrido”. Depois cheguei à conclusão de que teria sido melhor pegar uns pedaços de caixa, sei lá, pois o jornal rasgava fácil demais. Mas foi divertido!
- Competição de pular corda: Eu e mais um menino batemos corda e cada membro de cada equipe tinha que pular até errar. Contabilizamos o total de pulos de cada um, depois somamos os pulos totais de cada equipe e ganhou a que conseguiu mais pulos. Todos achavam que a prova estava ganha pro laranja depois que a Camila deu 110 pulos (a maioria das crianças dava perto de 15-20 pulos), mas a última foi a Bia, pequenininha, que deu incríveis 126 pulos, virando o jogo pro azul. Foi uma festa!
- Dentro ou fora: Desenhei um círculo na rua, pedi que todos ficassem do lado de fora, e eles deveriam obedecer ao meu comando de “dentro” ou “fora”, pulando pra dentro ou pra fora do círculo. Uns erraram logo, e depois de um tempão sobraram uns 5, que eu não conseguia enganar. Então eu decidi que a equipe que tivesse mais representantes ainda na brincadeira havia ganho (eu já estava cansada e me dei por vencida).
- Corrida de equipes: Todos tinham que correr dando uma volta no condomínio (deve dar uns 500 metros) e ganharia a equipe que chegasse inteira primeiro. Bom, como eu sempre gosto de colocar interferências positivas em tudo, enfatizei que não adiantava os bons corredores correrem e chegarem primeiro, o que interessava aqui era que eles incentivassem uns aos outros, pois só valeria a vitória à equipe que chegasse inteira. E foi isso que aconteceu, alguns chegaram primeiro, todo mundo aplaudiu, mas depois correram de volta pra buscar os que faltavam. A torcida foi intensa, bonito de se ver.
- Busca às folhas: As equipes tinham um tempo específico pra me trazer a maior quantidade de folhas de espécies diferentes que conseguissem. Antes deles partirem correndo pra buscar as folhas, eu expliquei que eles não precisavam arrancar um monte de folhas pelo condomínio, pois o que valeria era a diversidade de folhas, e não a quantidade. Essa brincadeira foi bem legal pois despertou a curiosidade deles quanto às folhas, ficamos discutindo quais eram iguais e quais não eram, analisamos as diferenças entre elas e pudemos admirar como a natureza é bela, presenteando a gente com tantas formas e cores!
- Bexiga no pé: Cada criança amarra uma bexiga no pé, e a meta é estourar as bexigas da equipe adversária sem deixar que estourem a sua bexiga. Coloquei uma música animada nessa hora, foi divertido!
- Cabo de guerra
- Confusão de sapatos: Todo mundo teve que tirar os sapatos, colocar no centro do círculo, eu embolei eles todos, e ao meu sinal as crianças começaram a procurar os seus sapatos. Ganhava a equipe que terminasse de calçar e amarrar todos os sapatos. Tinha um menino menor que não sabia amarrar o sapato, os maiores ajudaram, e essa equipe acabou vencendo.
Bom, essas foram as brincadeiras que eu fiz. Como eu disse, eu havia colocado um papelzinho com o nome de cada brincadeira em bexigas, que estavam penduradas no canto da garagem. Uma das maiores diversões da criançada era a hora de estourar a bexiga pra saber qual seria a próxima brincadeira. Os adultos tampavam os ouvidos antes do estouro, e as crianças vibravam!
Tive alguns problemas, como crianças que brigaram, choraram, que me pediam pra amarrar os sapatos, bexigas que estouravam antes da hora, jornais que se rasgaram rápido demais, crianças que não queriam mais correr, uma que precisava ligar pros pais a toda hora pra saber se podia participar da brincadeira pois ela não estava autorizada a sair da frente da minha casa, o pessoal que precisava ir embora antes de escurecer, a briga pra saber quem estouraria a próxima bexiga, a escolha das equipes, fora o meu cansaço físico (caramba, fiquei acabada).
Mas tudo isso foi contornado e ficou pequeno perto da alegria e entusiasmo das crianças que participaram e dos adultos que assistiram. Cada vez que uma bexiga era estourada e as crianças liam o nome da brincadeira, eram os adultos que mais ficavam impacientes pra saber como era essa próxima prova. No final as crianças perceberam a importância de se trabalhar em equipe, perceberam que nem todos eram bons em tudo, e que cada um deu a sua contribuição, o seu melhor. E era esse mesmo o meu objetivo!
Algumas mães me ligaram depois pra agradecer, dizendo que nunca viram os filhos tão cansados e empolgados com uma festa! As crianças não queriam ir embora, não queriam que a festa acabasse! Acho que tudo isso é um sinal de que a festa foi ótima, e que valeu a pena!
E a Nina adorou, disse que nunca vai se esquecer desse aniversário, e pra mim é isso que mais importa!
PS: Eu queria agradecer publicamente aqui pela ajuda preciosa do meu marido e da minha mãe por cuidarem do Rafa e dos salgados no forno enquanto eu entretia a garotada.
PS2: Não, o Rafa não estava no forno, só os salgados, hahaha!
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9 comentários:
Caramba Dani! Deu vontade de voltar a ser criança (e ser amiguinho da sua filha para ser convidado para a festa)! Parabéns pela iniciativa!
Nossa Dani, qt empenho!
Imagino a alegria da Marina.
Já notei suas dicas....
E como disse o Denis queria ser criança nesse festa :)
Beso
Dani, deu um cansaço até de ler imagine de participar kkkkkkkkk. Parabéns!!! Vc é minha inspiração de mãe.
Bjs com saudade,
No final, as duas equipes ganharam a gincana e você ganhou o prêmio de mãe do ano, é isso? :)
Dani, que legal! ADOREI o post, viu? Obrigada! :) Vou marcar aqui pra indicar no meu blog. Eu já tentei fazer isso, mas era pra 5 crianças só e 2 horas de festa! hahaahah Não sei se ia dar conta de muita gente! hehehe
Bjs!
Cheguei aqui pela indicação no blog da Ana. A-D-O-R-E-I a ideia! Super criativda e divertida! Parabéns!!!
Olá, Dani! Vim através do blog da Ana e fiquei extasiada e até emocionada com tudo que fez! Agora tive a certeza que quero fazer isso mesmo nas festinha dos meus pequenos e espero fazer o maior sucesso quanto vc! Vou te linkar lá no bloguinho, viu?
Amei!
Aqui o meu endereço: www.eueospequenos.blogspot.com
Beijos, parabéns e muito obrigada!
Dani (tô íntima, que abuso, mas tô copiando do comentário da Ana, através de quem vim parar aqui), adorei as dicas e vou incorporar algumas. Eu também organizei uma gincana pro aniversário de 10 anos da minha filha, agora em agosto, e vou colar aqui as brincadeiras (vai ficar longo, mas achei legal compartilhar também). Deu mais ou menos certo porque não planejei direito com os recreadores (eu não consigo fazer isso sozinha, você é uma heroína!), só supervisiono, mas a criançada se divertiu! Tirei as brincadeiras que você já listou aqui, pois tinha algumas iguais.
- Escolher o nome da equipe e criar um grito de guerra. Os adultos presentes votarão, sem conhecer os membros das equipes (para não serem influenciados a votar na equipe dos filhos), no nome e no grito de guerra mais originais.
- Estourar balão com o bumbum: espalha-se balões pela garagem. A equipe que estourar mais balões em um minuto vence. (Será necessário repor os balões para todas as equipes terem as mesmas chances.)
- Montagem de quebra-cabeça: a equipe que montar mais rápido o quebra-cabeça vence (as outras não podem ver a montagem para não “colar”).
- Assopra-balão: escolhe-se um representante de cada equipe e cada um ganha um balão. Quem conseguir estourar primeiro, sem tentar apertar ou furar o balão, só assoprando, ganha.
- Acerte o balde: cada membro da equipe ganha uma bolinha de papel para acertar num balde. A equipe que acertar mais vence. Se houver empate entre duas ou mais equipes, estas repetem o processo até que haja uma vencedora.
- Mímica: cada equipe escolhe um personagem ou nome de filme bem difícil para outra equipe representar e adivinhar. A equipe que acertar em menos tempo (definir um tempo máximo de 3 minutos, talvez) vence. Cada equipe se reune para escolher o personagem/filme. A equipe que estiver com mais pontos até o momento sorteia o nome da equipe que terá que adivinhar o personagem/filme proposto por ela. Depois de executar a tarefa, a equipe seguinte sorteia a próxima, e assim por diante, até que todas tenham participado.
- Boliche (como não tenho o jogo, improvisamos os pinos com latinhas vazias): Cada membro da equipe joga a bola uma vez e vai se somando o número de pinos derrubados por cada um (deve-se erguer todos os pinos cada vez que um novo participante for jogar). A equipe com mais pontos vence.
- Corrida de revezamento: dividir os participantes de cada equipe ao longo da rua. O primeiro corredor de cada equipe ganha um balão/bola de papel/graveto, que deve ser passado ao próximo membro, que estará mais à frente, e assim por diante, sem estourar e sem perder o balão. Quem chegar primeiro vence.
- Pega o rabo do Macaco: cada criança possuirá um rabinho feito de fita ou papel. O objetivo é arrancar o rabinho dos colegas das outras equipes e, ao mesmo tempo, proteger o seu (dentro de um espaço restrito, como a garagem ou o balão no fim da rua). Não é permitido agarrar partes do corpo do colega, só pode tocar e pegar o rabinho; também não se pode esconder o próprio rabinho com as mãos, no bolso, etc. Quem desrespeitar as regras será desclassificado. Ao final de um tempo predeterminado, a equipe que tiver conseguido pegar mais rabinhos vence.
É muito legal, e acho que vou repetir a experiência no aniversário da caçula, em novembro, acrescentando dicas tuas! (Já estou copiando tudinho.) :-)
Guria que coisa linda isso, quando vi o link no blog de Ana já me animei, o aniversário de meu pequeno está longe, mas ele quer fazer uma festinha aqui para reunir os amigos e agora o tema já está definido. Parabéns pela festa que fugiu totalmente dos estereótipos :D
estrelinhas coloridas...
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